As madeixas de Rapunzel vão se enroscar em Flynn Ryder, o bandido-mocinho dublado por Luciano Huck

A nova animação da Disney, Enrolados, é uma releitura de Rapunzel. Mas ninguém deve esperar algo semelhante à história original. À exceção dos longos cabelos e do fato de ela ser uma princesa levada para longe de seu reino, a nova versão é bem diferente, cheia de adaptações. A primeira mudança radical envolve o herói. Na verdade, esse conto de fadas moderno ficou sem um príncipe encantado. O mocinho é, na verdade, um bandido. Por aí já é possível imaginar a comicidade.

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Ao chegar à famosa torre, de onde Rapunzel deveria jogar suas tranças, o bandido vira refém dela. Por essas e outras é que, provavelmente, Enrolados vai divertir muito mais os adultos do que as crianças. Na versão em português, Flynn Ryder, o bandido-mocinho, é dublado por Luciano Huck. Grata surpresa, que não deixa nada a desejar.

A cópia dublada, inclusive, é altamente recomendada para quem não quer perder nenhum detalhe do 3D, diga-se, impecável. Com a dublagem, o que se perde da cópia original é a dubladora de Rapunzel, que, na versão americana, é Mandy Moore, atriz e cantora e compositora de pop e folk.

Os 21 metros de cabelos de Rapunzel são a grande estrela do filme. Além de elevador da torre onde ela está presa, servem como arma de defesa da garota, ferramenta de magia e cura e até para que ela possa criar a sua “engenharia” de fuga.

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A música também marca forte presença na animação, como não poderia deixar de ser. Sem sair do que se espera de um desenho da Disney, podem-se ouvir canções de amor e de aventura. Coreografias e piadas também estão na trilha musical.

Além de Rapunzel e Flynn Rider, os bons e velhos antagonistas têm presença carismática. Também em cena para abrilhantar o elenco, a maldosa Gothel, que rouba Rapunzel ainda bebê; o cavalo Maximus, fiel escudeiro do reino de onde a princesa nunca deveria ter saído; e o melhor amigo de Rapunzel, o camaleão Pascal. Nenhum dos dois animais fala, mas, acredite, nem é necessário.

O longa-metragem chega aos cinemas brasileiros neste fim de semana com uma curiosidade: é o 50º filme de animação da Disney. O primeiro, Branca de neve e os sete anões, foi feito em 1927.

HISTÓRIA ANIMADA

São 73 anos de filmes animados e sempre dotados de bom humor. Essa é, inclusive, uma das razões da irreverência em Enrolados. O codiretor do filme, Nathan Greno (ao lado de Byron Howard), afirmou em entrevista: “Nós somos cínicos. Queríamos um filme à altura de Cinderela (1950), Dumbo (1941) e Pinóquio (1940), mas que desse algo novo ao público”.

Depois da década de 1950, a Disney continuou inovando. Em 1955, lançou o primeiro filme animado em widescreen, A dama e o vagabundo. O filme seguinte só saiu em 1959 e logo se tornou outro clássico, A bela adormecida.

Em 1961, a Disney foi a primeira a criar um longa animado usando xerografia (que permite recortar, colar e editar por meio de fotocópia). O título era 101 dálmatas. Depois da morte de Walt Disney, em 1966, no ano seguinte foi lançado o último longa do qual ele participou, também muito lembrado até hoje, Mogli, o menino-lobo.

Até hoje: continua lançando clássicos e sendo pioneira. Títulos como Robin Hood, Tron (a primeira versão é de 1982), A pequena sereia e Rei leão fazem história. Em 1995, foi a Disney quem lançou o primeiro longa em 3D (em parceria com o estúdio Pixar), Toy Story.

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